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Alunos de universidade protestam contra evento com Nikolas: “Rosto do fascismo”

O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Foto: Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Foto: Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

Um evento chamado APAS Conference (Ação Política Atlântico Sul), marcado para 23 de agosto na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, gerou forte reação entre estudantes e centros acadêmicos. A conferência contará com a presença do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e da deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC).

Em nota de repúdio, os alunos classificaram Nikolas como “um dos principais rostos do fascismo no Brasil”, acusando-o de liderar a campanha pela anistia de Jair Bolsonaro. Já Campagnolo foi apontada como notória por seu discurso antifeminista.

A nota também critica a Brasil Paralelo, produtora de extrema-direita que atua como parceira do evento. Segundo os estudantes, a empresa está alinhada ao pensamento olavista, dissemina revisionismo histórico, exalta a ditadura militar e nega evidências científicas, como a crise climática e a pandemia de Covid-19.

Os centros acadêmicos afirmam que o evento fere o Estatuto e o Regimento da Univali, que preveem respeito à dignidade da pessoa humana e proíbem qualquer forma de discriminação. Pedem que a universidade não sirva como palco para discursos considerados fascistas e exigem:

  • Um posicionamento público da reitoria e do Diretório Central de Estudantes (DCE).

  • A rescisão do contrato de locação do Teatro Adelaide Konder, local do evento.

Em resposta, o advogado Enrico Bianco, um dos fundadores da APAS, minimizou os protestos, dizendo que a nota representa apenas uma “pequena comunidade de radicais fascistas e comunistas”. Ele nega que o evento seja promovido pela Brasil Paralelo, alegando que houve apenas uma parceria pontual, e afirma que a sociedade catarinense não pode ficar refém de grupos que tentam impedir o debate plural em universidades.


O caso expõe o choque entre a presença de figuras da extrema direita em espaços acadêmicos e a mobilização estudantil contra o que consideram avanço de discursos fascistas e revisionistas no Brasil.


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